21 de novembro de 2012
Fonte do Concelho - Ifanes
Fonte com tanque de planta rectangular e cobertura de lajes em 2 águas. Cornija saliente e moldurada a toda a volta. No interior do tanque, coberto por estrutura em abóbada de berço, a toda a sua largura, escada com 5 degraus. A fonte abre-se para um recinto quadrado com pavimento lajeado, rebaixado, com acesso lateral feito por três degraus, ou por cinco no enfiamento frontal.
23 de outubro de 2012
29 de setembro de 2012
23 de setembro de 2012
Caminhada Intergeracional - 2 de Setembro (II)
Mais algumas fotografias da Caminhada Intergeracional realizada a 2 de Setembro entre Miranda do Douro e o Santuário de Nosssa Senhora do Naso, na Póvoa.
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Já nos últimos quilómetros. |
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Passagem pela aldeia de Malhadas. |
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Pouco antes do grupo atingir a aldeia de Malhadas. |
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Em contra corrente |
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O grupo coeso. O grupo da frente com muita vontade de acelerar o passo. |
10 de setembro de 2012
Caminhada Intergeracional - 2 de Setembro
A Câmara Municipal de Miranda do Douro organizou no dia 2 de setembro uma caminhada designada Caminhada Intergeracional. Esta evento integrou um conjunto de iniciativas da autarquia no âmbito do 2012 Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações.
As caminhadas e percursos pedestres são uma característica de à longa data desta autarquia. Não pude deixar de sentir saudade de anos passados, por exemplo em Setembro de 2004, quando fiz um passeio pedestre precisamente de Miranda do Douro ao Naso.
Desta vez fui expressamente a Miranda para participar na caminhada. A partida estava marcada para as 8 e meia da manhã e não houve atraso. No momento que cheguei junto do Posto de Turismo da cidade, começaram a sair os participantes mais apressados.
Não fazia ideia do número de participantes que haveria. Desde 2004 a 2012 este tipo de eventos têm-se repetido com bastante frequência e com uma adesão muito grande, exemplar para concelhos vizinhos. Soube que havia mais de duas centenas de inscrições, mas a participação foi menor. Só contam os que estão...
Mal tive tempo para receber um boné e uma garrafa de água e já estava a caminhar pela 1.º de Maio tentando não me atrasar do pelotão. Já sei que nestas andanças um minuto de atraso é difícil de recuperar, mas eu tinha que chegar à "cabeça" do grupo, se queria tirar alguma fotografia mais interessante.
O percurso seguido é quase uma linha reta entre Miranda do Douro e o Santuário do Naso, com passagem por Malhadas. A outra alternativa é o percurso que passa por Palancar e Póvoa, também já seguida nalgumas edições.
O passo seguido era bastante rápido. Há sempre receio que o calor aperte, ou que o tempo não seja suficiente. Houve sempre a preocupação de manter o grupo mais ou menos coeso, não deixando ninguém ficar muito para trás. Isso foi conseguido com alguns abrandamentos do grupo da frente, mesmo com o protesto dos mais afoitos para a caminhada.
A paisagem é deslumbrante, mas o fim do verão também não é a melhor altura para apreciar a natureza. Não há gota de água nos ribeiros e as charcas estão praticamente vazias. Nos campos predominam os tons pastel, onde se destaca o verde dos freixos típicos dos lameiros do planalto. Há também carrascos e alguns zimbros, mais abundantes noutras zonas do concelho. Os pombais aparecem espalhados pelos campos e os encontros com manadas de vacas, burros de raça mirandesa e rebanhos de ovelhas são quase certos.
O grupo era heterogéneo, constituído por pessoas de idades muito distintas (alguns espanhóis). Havia muitas crianças e jovens e alguns idosos. Não seria muito fácil para alguns idosos fazerem quase 14 km do percursos numa manhã de verão, mas os que participaram mostraram serem rijos, caminhando lado a lado com filhos (e netos)!
Pouco passava das 10 da manhã quando passámos Malhadas. O autocarro da câmara espera na estrada da Póvoa para transportar alguém que estivesse em dificuldades, mas a ambulância dos bombeiros seguiu sempre na cauda do grupo, para socorrer nalguma emergência.
Foi curioso verificar que de todo o gado bovino com que nos cruzámos pelos caminhos, nenhum era de raça mirandesa. É caso para pensarmos que a tão deliciosa posta mirandesa será cada vez mais rara, caso o entusiasmo para a criação desta raça continue a diminuir.
Ainda tive esperança que o percurso nos levasse ao Santuário Mariano do Picão. Fui acompanhando à distância algumas notícias do que ali se ia passando e gostava de verificar in loco, mas não se efetivou o meu desejo. Isso obrigaria a um desvio não previsto. Felizmente a manhã esteve sempre fresca, com algum vento, o que ajudou bastante a caminhada.
Entrámos no termo da Póvoa, para os últimos quilómetros. Após um derradeiro esforço o grupo chegou à Estrada Municipal 544, que conduz à entrada do grande Santuário do Naso.
A minha esperança de conseguir uma fotografia com o grupo todo reunido desvaneceu-se. Atingido o destino, cada um seguiu o seu programa. A maioria das pessoas fez uma visita à capela. Nossa Senhora do Naso é muito venerada pelas gentes de Miranda (e por pessoas dos dois lados da fronteira).
A capela é muito bonita, cheia de painéis de azulejos e com o chão rústico, com desenhos feitos de pequenas rochas de quartzo. Mas é no altar da capela mor que todas as atenções recaem. Ao centro está a belíssima imagens de Nossa Senhora do Naso.
Não há Senhora mais linda
Dizem aqui tantas vezes,
Do que a Senhora do Naso,
Senhora dos Mirandeses.
Estava prevista a partilha do farnel. O autocarro transportou alguns até ao santuário, mas a maioria das pessoas optou por regressar de imediato a Miranda. Estamos numa época de crise, mas este não é o procedimento a que eu estava habituado. Seria até de pensar que o convívio entre gerações fosse mais efetivo em volta da mesa, mas isso ficou à responsabilidade de cada um.
A minha família foi ter ao Naso, com um "farnel" considerável. Ficámos no Santuário quase toda a tarde, tal como alguns outros grupos, uns participantes na caminhada, outros não.
Foi muito bom o reencontro com os caminhos do Planalto, mas também com as pessoas. Encontrei conhecidos, ex-colegas de trabalho e muitos amigos que já não via há algum tempo.
Infelizmente não foi possível voltar ao Naso para as festas, dias 6. 7 e 8, mas haverá outras oportunidades para caminhar, conviver e festejar.
Fica aqui o traçado da caminhada, para alguém que a queira fazer. É possível descarregar os dados para um grande leque de aparelhos de GPS. O grau de dificuldade é Fácil, uma vez que a inclinação é pouca e distribuída ao longo de todo o percurso.
As caminhadas e percursos pedestres são uma característica de à longa data desta autarquia. Não pude deixar de sentir saudade de anos passados, por exemplo em Setembro de 2004, quando fiz um passeio pedestre precisamente de Miranda do Douro ao Naso.
Desta vez fui expressamente a Miranda para participar na caminhada. A partida estava marcada para as 8 e meia da manhã e não houve atraso. No momento que cheguei junto do Posto de Turismo da cidade, começaram a sair os participantes mais apressados.
Não fazia ideia do número de participantes que haveria. Desde 2004 a 2012 este tipo de eventos têm-se repetido com bastante frequência e com uma adesão muito grande, exemplar para concelhos vizinhos. Soube que havia mais de duas centenas de inscrições, mas a participação foi menor. Só contam os que estão...
Mal tive tempo para receber um boné e uma garrafa de água e já estava a caminhar pela 1.º de Maio tentando não me atrasar do pelotão. Já sei que nestas andanças um minuto de atraso é difícil de recuperar, mas eu tinha que chegar à "cabeça" do grupo, se queria tirar alguma fotografia mais interessante.
O percurso seguido é quase uma linha reta entre Miranda do Douro e o Santuário do Naso, com passagem por Malhadas. A outra alternativa é o percurso que passa por Palancar e Póvoa, também já seguida nalgumas edições.
O passo seguido era bastante rápido. Há sempre receio que o calor aperte, ou que o tempo não seja suficiente. Houve sempre a preocupação de manter o grupo mais ou menos coeso, não deixando ninguém ficar muito para trás. Isso foi conseguido com alguns abrandamentos do grupo da frente, mesmo com o protesto dos mais afoitos para a caminhada.
A paisagem é deslumbrante, mas o fim do verão também não é a melhor altura para apreciar a natureza. Não há gota de água nos ribeiros e as charcas estão praticamente vazias. Nos campos predominam os tons pastel, onde se destaca o verde dos freixos típicos dos lameiros do planalto. Há também carrascos e alguns zimbros, mais abundantes noutras zonas do concelho. Os pombais aparecem espalhados pelos campos e os encontros com manadas de vacas, burros de raça mirandesa e rebanhos de ovelhas são quase certos.
O grupo era heterogéneo, constituído por pessoas de idades muito distintas (alguns espanhóis). Havia muitas crianças e jovens e alguns idosos. Não seria muito fácil para alguns idosos fazerem quase 14 km do percursos numa manhã de verão, mas os que participaram mostraram serem rijos, caminhando lado a lado com filhos (e netos)!
Pouco passava das 10 da manhã quando passámos Malhadas. O autocarro da câmara espera na estrada da Póvoa para transportar alguém que estivesse em dificuldades, mas a ambulância dos bombeiros seguiu sempre na cauda do grupo, para socorrer nalguma emergência.
Foi curioso verificar que de todo o gado bovino com que nos cruzámos pelos caminhos, nenhum era de raça mirandesa. É caso para pensarmos que a tão deliciosa posta mirandesa será cada vez mais rara, caso o entusiasmo para a criação desta raça continue a diminuir.
Ainda tive esperança que o percurso nos levasse ao Santuário Mariano do Picão. Fui acompanhando à distância algumas notícias do que ali se ia passando e gostava de verificar in loco, mas não se efetivou o meu desejo. Isso obrigaria a um desvio não previsto. Felizmente a manhã esteve sempre fresca, com algum vento, o que ajudou bastante a caminhada.
Entrámos no termo da Póvoa, para os últimos quilómetros. Após um derradeiro esforço o grupo chegou à Estrada Municipal 544, que conduz à entrada do grande Santuário do Naso.
A minha esperança de conseguir uma fotografia com o grupo todo reunido desvaneceu-se. Atingido o destino, cada um seguiu o seu programa. A maioria das pessoas fez uma visita à capela. Nossa Senhora do Naso é muito venerada pelas gentes de Miranda (e por pessoas dos dois lados da fronteira).
A capela é muito bonita, cheia de painéis de azulejos e com o chão rústico, com desenhos feitos de pequenas rochas de quartzo. Mas é no altar da capela mor que todas as atenções recaem. Ao centro está a belíssima imagens de Nossa Senhora do Naso.
Não há Senhora mais linda
Dizem aqui tantas vezes,
Do que a Senhora do Naso,
Senhora dos Mirandeses.
Estava prevista a partilha do farnel. O autocarro transportou alguns até ao santuário, mas a maioria das pessoas optou por regressar de imediato a Miranda. Estamos numa época de crise, mas este não é o procedimento a que eu estava habituado. Seria até de pensar que o convívio entre gerações fosse mais efetivo em volta da mesa, mas isso ficou à responsabilidade de cada um.
A minha família foi ter ao Naso, com um "farnel" considerável. Ficámos no Santuário quase toda a tarde, tal como alguns outros grupos, uns participantes na caminhada, outros não.
Foi muito bom o reencontro com os caminhos do Planalto, mas também com as pessoas. Encontrei conhecidos, ex-colegas de trabalho e muitos amigos que já não via há algum tempo.
Infelizmente não foi possível voltar ao Naso para as festas, dias 6. 7 e 8, mas haverá outras oportunidades para caminhar, conviver e festejar.
Fica aqui o traçado da caminhada, para alguém que a queira fazer. É possível descarregar os dados para um grande leque de aparelhos de GPS. O grau de dificuldade é Fácil, uma vez que a inclinação é pouca e distribuída ao longo de todo o percurso.
29 de agosto de 2012
L burro i l gueiteiro (3) 28 de julho
No dia 28 de junho as atividades do festival itinerante L Burro I L Gueitero eram imensas. Agora já sediado em Aldeia Nova, repetiu uma manhã de oficinas. Algumas eram repetidas do dia 26, mas havia outras novas. É o caso da Construção de Origamis e As Aves do Vale do Douro.
Só cheguei a Aldeia Nova ao início da tarde, em hora de relaxamento. Aproveitei para dar um passeio pela aldeia, onde não estava já há algum tempo.
Já não cheguei a tempo de assistir ao Concerto na Curralada, por Jorge Ribeiro, mas foi muito interessante visitar uma casa típica e verificar como era a maneira de viver de outros tempos.
No recinto onde estava instalado o palco do festival também havia algumas coisas para ver. No bar Burriqueiro não faltavam clientes e nas tendas vendiam-se recordações e alguns produtos regionais. Comprei alguns postais para a coleção que faço desde criança. Achei piada aos cinzeiros portáteis! Seria mais fácil não fumar, mas a ideia é interessante.
Passeei pela aldeia e falei com alguns moradores. As pessoas do Planalto são, por norma, abertas e hospitaleiras. Com tanta gente a circular pelas ruas o ambiente era ainda mais propício à troca de dois dedos de conversa.
Distrai-me tanto que perdi a saída dos participantes em passeio de burro, desta vez entre Aldeia Nova e Pena Branca. Podia seguir a pé, tentando alcançá-los, conheço bem os caminhos, mas optei por ir de carro até Pena Branca e esperar pela sua chegada.
O grupo era ainda maior do que nos dias anteriores e fazia-se ouvir à distância. O som da gaita de foles mexe comigo e fez-me sentir emoções estranhas. Eram muitos os sons e as idades, com muitas crianças a participarem.
O que se pretendia em Pena Branca era fazer uma visita ao Centro de Acolhimento do Burro, uma espécie de lar de idosos para burros. Esta é a alternativa de vida para muitos animais que de outra forma acabariam abatidos para servirem de alimento para cães ou lançados pelas arribas para alimentar abutres. Há muitos animais, mas todos são bem tratados. São conhecidos pelos nomes e os tratadores sabem como cada um se comporta. Os primeiros exemplares com que a Associação começou a fazer os passeios, já aqui estão, é que o tempo não pára.
Tive também o prazer e foi mesmo um prazer, de ver atuar o grupo Coletivo das Facécias. Trata-se de um grupo de comediantes que faz pequenas cenas inspiradas nos jograis e trovadores da idade média. Tiveram imensa graça e não me importava de os ver mais vezes.
Os burros foram alimentados e o grupo partiu de regresso à base, Aldeia Nova. Eu, pela minha parte, aproveitei para revisitar locais que normalmente visito, de cada vez que vou a Miranda do Douro, Palancar e Malhadas.
À noite consegui convencer a família a acompanhar-me aos espetáculos em Aldeia Nova. O nome que me soava era Roncos do Diabo, mas havia mais a ouvir.
A noite estava fria, diria mesmo gelada. O ambiente estava animado, com muita gente do concelho, não participantes no festival, a assistir aos espetáculos.
O primeiro grupo a atuar foi o Quinteto Reis 84. Trata-se de um grupo da terra que sabe o que o povo gosta, que toca com prazer e que o consegue transmitir. Seguiu-se-lhe Terra Viva de João Pedro Marnoto, Charanga e Roncos do Diabo.
O meu leque de gostos musicais é bastante alargado mas o tempo em que o grupo Charanga esteve a atuar custou muito a passar. Pelo contrário, quando começou a atuação do grupo Roncos do Diabo o recinto ganhou vida e a festa parecia outra.
A noite já tinha passado do meio, quando regressei a Miranda.
Com esta terceira visita ao festival itinerante l burrro i l gueiteiro encerrei o meu acompanhamento do evento.
No dia 29 a festa continuou com um passeio de burro a São João das Arribas, local com uma beleza ímpar na região e em Portugal. À noite houve mais música, com a atuação do grupo do planalto Galandum Galundaina, que com a sua Associação integraram a organização do evento.
Só cheguei a Aldeia Nova ao início da tarde, em hora de relaxamento. Aproveitei para dar um passeio pela aldeia, onde não estava já há algum tempo.
Já não cheguei a tempo de assistir ao Concerto na Curralada, por Jorge Ribeiro, mas foi muito interessante visitar uma casa típica e verificar como era a maneira de viver de outros tempos.
No recinto onde estava instalado o palco do festival também havia algumas coisas para ver. No bar Burriqueiro não faltavam clientes e nas tendas vendiam-se recordações e alguns produtos regionais. Comprei alguns postais para a coleção que faço desde criança. Achei piada aos cinzeiros portáteis! Seria mais fácil não fumar, mas a ideia é interessante.
Passeei pela aldeia e falei com alguns moradores. As pessoas do Planalto são, por norma, abertas e hospitaleiras. Com tanta gente a circular pelas ruas o ambiente era ainda mais propício à troca de dois dedos de conversa.
Distrai-me tanto que perdi a saída dos participantes em passeio de burro, desta vez entre Aldeia Nova e Pena Branca. Podia seguir a pé, tentando alcançá-los, conheço bem os caminhos, mas optei por ir de carro até Pena Branca e esperar pela sua chegada.
O grupo era ainda maior do que nos dias anteriores e fazia-se ouvir à distância. O som da gaita de foles mexe comigo e fez-me sentir emoções estranhas. Eram muitos os sons e as idades, com muitas crianças a participarem.
O que se pretendia em Pena Branca era fazer uma visita ao Centro de Acolhimento do Burro, uma espécie de lar de idosos para burros. Esta é a alternativa de vida para muitos animais que de outra forma acabariam abatidos para servirem de alimento para cães ou lançados pelas arribas para alimentar abutres. Há muitos animais, mas todos são bem tratados. São conhecidos pelos nomes e os tratadores sabem como cada um se comporta. Os primeiros exemplares com que a Associação começou a fazer os passeios, já aqui estão, é que o tempo não pára.
Tive também o prazer e foi mesmo um prazer, de ver atuar o grupo Coletivo das Facécias. Trata-se de um grupo de comediantes que faz pequenas cenas inspiradas nos jograis e trovadores da idade média. Tiveram imensa graça e não me importava de os ver mais vezes.
Os burros foram alimentados e o grupo partiu de regresso à base, Aldeia Nova. Eu, pela minha parte, aproveitei para revisitar locais que normalmente visito, de cada vez que vou a Miranda do Douro, Palancar e Malhadas.
À noite consegui convencer a família a acompanhar-me aos espetáculos em Aldeia Nova. O nome que me soava era Roncos do Diabo, mas havia mais a ouvir.
A noite estava fria, diria mesmo gelada. O ambiente estava animado, com muita gente do concelho, não participantes no festival, a assistir aos espetáculos.
O primeiro grupo a atuar foi o Quinteto Reis 84. Trata-se de um grupo da terra que sabe o que o povo gosta, que toca com prazer e que o consegue transmitir. Seguiu-se-lhe Terra Viva de João Pedro Marnoto, Charanga e Roncos do Diabo.
O meu leque de gostos musicais é bastante alargado mas o tempo em que o grupo Charanga esteve a atuar custou muito a passar. Pelo contrário, quando começou a atuação do grupo Roncos do Diabo o recinto ganhou vida e a festa parecia outra.
A noite já tinha passado do meio, quando regressei a Miranda.
Com esta terceira visita ao festival itinerante l burrro i l gueiteiro encerrei o meu acompanhamento do evento.
No dia 29 a festa continuou com um passeio de burro a São João das Arribas, local com uma beleza ímpar na região e em Portugal. À noite houve mais música, com a atuação do grupo do planalto Galandum Galundaina, que com a sua Associação integraram a organização do evento.
16 de agosto de 2012
L burro i l gueiteiro (2) 27 de julho
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Cruzeiro junto à capela de San Martinico |
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"Pelotão" da frente do Passeio de Burro |
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"Participantes no Passeio de Burro |
A passagem de uma senhora conduzindo uma manada de vacas sossegou-nos, informando-nos que o grupo se aproximava e pouco tempo depois já se ouviam.
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Sementes (imaturas de rosa albardeira (Paeonia broteroi) |
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Capela de San Martinico (Paradela) |
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Fim da primeira etapa - libertação dos animais |
Quando o grupo de acomodou à espera do almoço, abandonamos local. Também para nós estava na hora de almoço e não tínhamos marcação.
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Vista geral de um grupo de participantes |
13 de agosto de 2012
L burro i l gueiteiro (1) 26 de julho
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Concentração dos participantes |
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Oficina de construção de Deltamboris |
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Oficina de Tratamento e Conservação de Palhetas |
As aldeias "privilegiadas" na 10ª edição foram Paradela e Aldeia Nova, onde o grosso das atividades foram concentradas, realizar-se atividades esporádicas em aldeias vizinhas destas.
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Oficina de Percussão |
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Oficina de Flora Recreativa |
Ao poucos foi-se juntando uma pequena multidão, com pessoas de varias idades e falando diversas línguas.
A organização preparava o salão para servir de cantina e na igreja matriz ensaiavam-se melodias de encantar.
Durante a manhã decorreu um vasto conjunto de oficinas. A minha ideia era circular e fazer o registo de todas mas não me foi possível. Mesmo assim, consegui cobrir um bom número de atividades.
Foi interessante verificar que todas as oficinas tiveram numerosas inscrições.
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Oficina de Dança dos Pauliteiros |
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Oficina de Cantares Tradicionais |
Num lameiro próximo funcionou uma oficina de percussão. Não sei se pela mestria do orientador (Sond' Art), se pelos conhecimentos prévios dos participantes, se pela facilidade em tocar a caixa, o bombo e o tamboril, o certo é que o grupo acertou, e fez sair dos instrumentos uma batucada agradável.
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Gado de raça Mirandesa |
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Igreja matriz de Paradela |
Já passava muito do meio dia quando abandonei Paradela. A tarde e a noite prometiam muita animação e música de qualidade. Fiquei com pena de não ouvir o grupo Chominciamento di Giota. Alguns minutos de ensaio a que assisti na igreja matriz de Paradela deram para perceber que a magia ia acontecer. Espero encontrar este grupo no futuro. Gosto de grupo Al Medievo, mas este é mais fácil de encontrar nas feiras e recriações medievais.
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