16 de agosto de 2012

L burro i l gueiteiro (2) 27 de julho

Cruzeiro junto à capela de San Martinico
O programa do dia 27 de junho do Festival itinerante L burro i l gueiteiro, incluía um passeio de burro entre Paradela e Aldeia Nova, com paragem na pequena capela de San Martinico, para um almoço campestre. Confesso que tinha vontade de voltar a o este local, onde apenas estive uma vez, e não nas condições atmosféricas mais agradáveis. Foi durante uma prova em BTT, em que choveu imenso. Por isso convidei o meu filho mais novo para um passeio e assim esperarmos a meio do percurso a passagem da caravana. Inicialmente tivemos medo de nos termos enganado no local, tal era a calmaria, mas, pouco depois das 11 da manhã chegou a primeira carrinha com a logística necessária para ser servido o almoço, junto da pequena capela.
"Pelotão" da frente do Passeio de Burro
Cansados de esperar, decidimos caminhar um pouco em direção a Paradela. Se nos tivéssemos esforçado um pouco teríamos chegado a aldeia. Sentámos-nos à sombra de alguns freixos, num local fresco, à espera que aparecessem.
"Participantes no Passeio de Burro
Enquanto circulava pelas borda de um lameiro seco encontrei muitos exemplares de peónia que é conhecida por rosa albardeira, ou ramo de raposa (Paeonia broteroi). Foi pena que a época de floração já tivesse passado porque as flores são muito bonitas. Foi a primeira vez que as vi em pleno Parque Natural do Douro Internacional, apesar de há muito tempo saber que faziam parte da flora do parque.
A passagem de uma senhora conduzindo uma manada de vacas sossegou-nos, informando-nos que o grupo se aproximava e pouco tempo depois já se ouviam.
Sementes (imaturas de rosa albardeira (Paeonia broteroi)
Estava à espera que fossem muitos, mas nunca tantos! Agora sim fazia sentido a designação l burro i l gueiteiro. Eram muitos os burros e bastantes os gaiteiros, mas também tocadores de bombo e outras percussões. Gente de todas as idades, em carroças, nos burros e a pé, unidos pela poeira e pelo som dos instrumentos tradicionais. A caminhada foi curta, mas deu para ver que muitos dos participantes não é gente habituada a esforços mais violentos. O objetivo não seria tanto o esforço físico, mais mais o prazer se sentir a natureza, de uma forma ecológica e divertida.
Capela de San Martinico (Paradela)
O grupo chegou a San Martinico, local de almoço e de sesta burriqueira. Os burros ao encontraram-se livres dos pesos que carregavam e dos próprios arreios. Estenderam-se pelo lameiro, mais desejosos de sombra do que da ressequida erva da cor da própria terra. Os caminheiros também procuraram as sombras. Estenderam mantas no chão e deitaram-se nelas. A proximidade com a terra também é uma das características dos participantes nestes encontros.
Fim da primeira etapa - libertação dos animais
 Tive também a oportunidade de ver o interior da pequena capela. As duas pequenas imagens que representa S. Martinho não têm qualquer valor comercial ou artístico, e ainda bem porque o local já foi assaltado por várias vezes.
Quando o grupo de acomodou à espera do almoço, abandonamos local. Também para nós estava na hora de almoço e não tínhamos marcação.
Vista geral de um grupo de participantes
 Depois do almoço e da sesta burriqueira, o grupo continuou o seu passeio de burro até Aldeia Nova, onde o festival teria a sua sede nos dias seguintes.

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