6 de junho de 2011

Ronda das Adegas, em Atenor

A Aldeia de Atenor realizou a Ronda das Adegas, nos dias 27 e 28 de Maio. Foi no dia 28 que tive oportunidade de me deslocar a Atenor para participar da dita ronda. Já há alguns anos que não visitava esta aldeia e, mesmo sem saber bem em que consistiria a dita Ronda das Adegas seria para mim um prazer percorrer de novo as ruas Atenor.
Quando cheguei, pouco depois do almoço, o movimento ainda era pouco. Apenas na antiga escola primária, transformada em bar e sede da Associação havia um grupo de pessoas.
Tomei um café e fui fazer uma visita ao simpáticos burros que ali passam grande parte do ano em completo repouso.
Quando voltei, já se notava a festa. Um grupo de gaiteiros animava a rua, trazendo aquele ar festivo que só a gaita de foles sabe dar.
Entrei na primeira porta que via aberta. Tratava-se de um perfeito museu rural com tudo que existia (e em parte ainda existe) numa casa do planalto mirandês. Demorei imenso tempo a apreciar alfaias agrícolas, a cozinha e o curral. Tratava-se da casa do Tiu Pedro. Aqui havia oficinas de fabrico de sabão e queijo.

A segunda paragem foi na oficina do pão, no forno da Ti Laurentina. Cheguei mesmo a tempo de ver sair uma fornada, e que bem que eles cheiravam.
A paragem seguinte foi numa adega... sim daquelas onde há vinho. Com bom vinho, queijo, azeitonas, chouriço, pimentos em vinagre e pão, a coisa prometia. Foram chegando pessoas conhecidas e a conversa animou. Bebi alguns copos (tive de comprar a caneca)e recordei com os presentes alguns dos lugares por onde já vivi e trabalhei no passado. É interessante como as adegas são bons locais para conversar. Não quero mentir, mas não sei se foi na Adega do Tiu Mário se na adega do Tiu Marina (ou se estive nas duas).
E foi na adega que passei a maior parte da tarde.
Mais tarde continuei o passeio por junto da igreja. Havia jogos tradicionais e tascas representantes de grupos musicais. Também sou grande apreciador da música mirandesa e aproveitei para comprar mais um CD, "La Caramontaína", do grupo Reberdegar.
Ainda tive tempo para entrar no curral onde se encontravam os animais para os passeios. Também aí havia uma exposição fotográfica sobre a "Mulher Rural".
Para terminar chegou um grupo de praticantes de paramotor (parapente com motor) que emprestaram um colorido interessante aos céus da aldeia.
Do programa ainda constavam mais actividades e nem sequer visitei todas as tascas e adegas, mas o tempo passou rapidamente.
Está de parabéns a organização deste evento e todos os que nele se envolveram. Dá gosto ver as aldeias animadas, sem complexos de mostrar o tradicional inovando, chamando gerações mais novas que acabam por se apaixonar pelo planalto e pelo seu estilo próprio de viver.
Espero voltar a Atenor, em próximas realizações deste evento.

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