8 de janeiro de 2014

Fogueira do Galo

No dia 24 de Dezembro é habitual em Miranda do Douro fazer a tradicional fogueira do galo. Logo pela manhã, os jovens mirandeses partem acompanhados do seu farnel, para o monte, a fim de cortar, carregar e transportar a lenha, nos típicos carros de bois para o adro da Sé.
    Depois dos carros carregados, faz-se uma pausa para saborear os tradicionais petiscos que compõem o farnel; bacalhau cru, alheiras, chouriças, chouriços, presunto e carne assada. Tudo isto acompanhado de bom pão e vinho tinto. O fim da tarde aproxima-se e os mordomos organizam a partida para a cidade. Os carros de lenha são puxados por todos os rapazes que participam alegremente nesta festa. A sua passagem pelas ruas atrai a atenção de toda a população e em especial dos turistas que aproveitam para tirar fotografias.
    Chegados ao adro da Sé, descarregam a lenha num amontoado de pneus e troncos de árvores já para aí transportados por um camião.
    Tiradas as usuais fotografias no escadario da Sé, a mocidade regressa a casa para em família fazer a tradicional ceia da Consoada.
    No início da noite, a fogueira é acesa, sem que ninguém dê conta de quem a acendeu.
    Por volta da meia noite os sinos tocam para a missa do galo. Toda a população comparece nesta missa, para ver a fogueira, o presépio, beijar o menino e entretanto ouvir os rapazes cantar as interessantes versões das tradicionais canções do beijai o menino.
    Terminada a missa, as pessoas reúnem-se à volta da fogueira, num cordial convívio de Natal e troca mútua de votos de Boas Festas.

6ºA - Português
EB2 de Miranda do Douro, 1998

1 comentário:

Brisa da Poesia disse...

MIRANDA DO DOURO

Miranda, sempre aguerrida e audaz
À margem direita do sinuoso Douro
Por dois séculos Capital de Trás os Montes
Tal era sua pujança cívica e tenaz.
Foste traída pelo vil metal de ouro
Quando forte explosão, tremeu rios e fontes

Num heróico esforço, teu povo aguerrido
Sempre defendeu o torrão lusitano.
A história não deixa dúvidas de tua luta
Nas lutas que travaste, sempre destemido
o povo enfrentou o reino castelhano
Dando prova de coragem absoluta

Miranda, cidade histórica e varonil
Tens um povo cordial e hospitaleiro
Altiva, não por estares num altiplano
Mas por seres cativa, sedutora e gentil
Primor de beleza sem fim, és um canteiro
Teus encantos, são orgulho lusitano

Foste rainha e não perdes a majestade
Nas arribas tens escarpas rendilhadas
Onde crescem o alecrim e a margarida
És um encanto de beleza e de cidade.
Teu escudo, não tem armas ensarilhadas
Mas um castelo que é o símbolo da vida

Nele o ouro simboliza fidelidade, poder
Sobre ele um castelo iluminado de prata
E em cima a lua em quarto crescente empinada
E uma coroa com cinco torres a ascender.
Dão a compreensibilidade exata
Da grandeza que nele foi inserida.

Ser Mirandês é um honra com certeza
Porque ali nasce o mais puro Português
Onde o vinho e o pão não falta à mesa
Nem mesmo o bom bacalhau norueguês
Sem falar na posta, que é outra riqueza
Da culinária, com bom vinho Mirandês

São Paulo, 14/04/2008 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

Email:armandoacgarcia@superig.com.br

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