29 de setembro de 2009

Zimbro nas arribas

Esta é talvez a árvore que mais fotografei na minha vida. Trata-se de um velho zimbro que se agarra à vida com tal poder que nem uma enorme pedra travou as suas raízes. Está muito perto da estrada, entre Cércio e a capelinha da Freixiosa.
Podem contar com mais fotografias deste zimbro.

25 de setembro de 2009

Vacas a pastar

Imagem bem característica dos lameiros em Ifanes. Infelizmente a raça Mirandesa é cada vez mais difícil de encontrar.

15 de setembro de 2009

Gaiteiro, em Genísio

Fotografia de 14 de Agosto, com um gaiteiro a animar a festa de Genísio.

14 de setembro de 2009

De raça

Aqui temos em exemplar de Raça Mirandesa, ainda jovem. Foi fotografada perto do Palancar, onde é possível ainda fotografar exemplares desta raça com alguma facilidade. Cada vez são menos frequentes no Planalto Mirandês. Os criadores dizem que não há incentivos.

9 de setembro de 2009

S. Martinho - Porta

Num dos meus passeios de Verão pelo concelho, fui parar a S. Martinho de Angueira. Preparava-se um "importante" jogo de futebol, mas, talvez pelo calor que se fazia sentir, não havia ainda nenhum atleta no campo. Deambulei um pouco pela aldeia e encontrei esta porta. Talvez a porta de uma curral, da loja dos animais ou de um palheiro. O que importa é que me fez viajar no tempo transportando-me a épocas imaginárias de cavaleiros de espada em riste defendendo o condado contra os bárbaros invasores.

1 de setembro de 2009

Festa de S. Bárbara - Malhadas

Pode haver imensas razões para se ir a Malhadas, mas, no dia 16 de Agosto fui a Malhadas porque era dia de Festa de Santa Bárbara.
Cheguei pelas quatro da tarde, estava tudo muito sossegado e pensei ter-me enganado no dia. Procurei quem me informasse, mas os vizinhos da igreja, talvez pouco praticantes, nada sabiam. Felizmente parou um carro à frente da igreja e dele saiu um senhor. Aproveitei para o abordar e perguntar-lhe sobre os horários da Eucaristia, não podia ter encontrado melhor informante, visto que era o senhor padre da freguesia. Não o conhecia porque está em Miranda exactamente há 3 anos, ou seja os mesmos em que eu estive ausente. Ficámos algum tempo a conversar sobre o planalto mirandês, Vila Flor (Vilarinho das Azenhas), festas populares, arte sacra, etc. até que chegou o sacristão e começaram os preparativos para a missa.

Entrei na igreja, ainda eram poucas as pessoas que aí estavam. Junto à porta do fundo encontrava-se um conjunto de andores e outro junto ao altar das Almas e S. Miguel. Havia um total de 11, contando com o de Santa Bárbara, que estava à frente, junto à capela-mor. Já tinha estado na igreja, mas num evento muito pouco feliz. Fiquei abismado com a relíquia que ali existe. O senhor padre já me tinha dito que tinha grande necessidade de ser restaurada, isso salta à vista, mas é possível que haja sérias dificuldades. Em primeiro lugar porque se trata de um Imóvel de Interesse Público (Dec. nº 39 521, DG 21 de 30 Janeiro 1954) e é conhecido o obstáculo que representa o IPPAR, em segundo lugar pelas verbas necessárias, em terceiro lugar porque se trata de um monumento com muitos séculos de história, que tem que ser restaurado por especialistas.
Fiquei durante bastante tempo sentado nas escadas em granito que conduzem ao campanário admirando os altares, os frescos, o chão o tecto, etc. Entretanto a igreja encheu-se de gente e começou a Eucaristia.
No final da mesma formou-se a procissão que teve a curiosidade de ter um grupo de gaiteiros a abrilhantá-la. Também foram os Pauliteiros que transportaram o andor de Santa Bárbara. A abrir a procissão seguia um homem vestido com a Capa de Honras segurando um pequeno mastro, pouco maior que um bordão, com uma gravura de Santa Bárbara, encimado por uma cruz dourada enfeitada com ramos de manjerico. Um outro homem transportava uma pequena sineta que ia tocando à medida que a procissão ia avançando. O conjunto desceu pela rua da Moagem até junto da capela de S. Bartolomeu, junto da qual se encontra o cruzeiro que é quase um símbolo de Malhadas. Seguiu depois pela rua da Corredoura, regressando à igreja pela rua da Igreja.
As pessoas não abandonaram o local, antes se foram concentrando no adro adivinhando-se a actuação dos Pauliteiros.
Os Pauliteiros de Malhadas executaram uma série de danças entre as quais os ofícios e o assalto ao castelo. Todas as danças foram executadas com grande violência, contrastando com o local e o momento que se acabava de viver. Acabei por não perceber a razão de tanta violência evidente nas manchas negras e amostras de sangue nas mãos de alguns dançadores. Quer-me parecer que se trata de galhardia e vaidade, apreciada por uns, achada exagerada por outros.
No final das danças parti para Duas Igrejas, havia baile no terreiro. Quem sabe se eu também tinha hipótese de dar um pé de dança?