9 de maio de 2014

Senhora da Luz

 No dia 27 de Abril andava eu "perdido" perto do Palancar a fotografar uns lameiros quando me apercebi de grande movimento de automóveis na estrada. Não me pareceu normal e perguntei a um senhor que apascentava a sua burrica a razão de tal volume de transito.
- Então não sabe?! Hoje é a Luz!
 Fez-se luz na minha cabeça. A Luz significa a festa a Nossa Senhora da Luz, em Constantim, uma festa/feira das maiores que se fazem no concelho de Miranda e com características únicas, visto tratar-se de uma evento internacional.
Das vezes que fui a essa feira recordo sempre o mau tempo. É estranho mas no alto do cabeço, bem na raia, fez sempre um vento quase ciclónico e por vezes chuva. Isto apesar de a feira se realizar sempre no último domingo de Abril. Também recordo que aqui se compravam as primeiras cerejas do ano, a um preço nada de feira, mas era o preço da novidade.
Rumei a Constantim e à Senhora da Luz.
Não pretendia demorar-me e tinha algum receio se encontraria onde estacionar, mais ainda era bastante cedo e consegui levar o carro até às imediações da capela. Numa hora mais tardia isso seria impossível.
Visitei a capela. Não gostei de ver os "anexos" que foram construídos de ambos os lados. De um lado um grande coberto metálico, para abrigar os celebrantes das cerimónias religiosas. O altar já estava a mais tempo. Do outro uma construção em alumínio pareceu-me que dedicada à venda de recordações, talvez por parte da Comissão de Festas.
No interior já estavam dois andores, o de Nossa Senhora da luz e o de S. Marcos, que seriam o centro das atenções nas cerimónias religiosas.
Havia muita ente no interior da capela, curiosamente mais espanhóis do que portugueses. Todos faziam questão de tirar uma fotografia em frente ao andor de Nossa Senhora da Luz e eu limitei-me a fazer algumas de longe, para não perturbar muito.
Há algum tempo atrás a linha de fronteira marca os territórios para os feirantes espanhóis e para os portugueses. De um lado pagava-se com pesetas, do outro com escudos! Do lado português, como bons negociantes que somos, também se aceitavam pesetas, mas no lado espanhol não havia um procedimento semelhante. Hoje esta divisão dos feirantes não é tão notória e paga-se tudo em euros.
Havia de tudo à venda! reparei nas fruteiras e no bacalhau por parte dos portugueses e nas navalhas e presunto do lado espanhol. Não faltava calçado, roupa e barracas com comes e bebes. Muitos dos romeiros lavaram merenda. Preparavam-se par estender uma manta no chão comer a deliciosa merenda à sombra das muitas árvores que existem no monte em redor.
Subi ao ponto mais alto onde existe um marco geodésico. Há marcos de marcam a linha de fronteira, que se perdem na distância.É um bom miradouro este.
Não fiquei para as cerimónias religiosas. Aproveitei para seguir para Constantim onde fiz algumas fotografias pelas ruas e segui depois para o Nazo.


2 de maio de 2014

Cores da Primavera (01)

 Algumas pinceladas de cor, colhidas no Parque Urbano do Rio Fresno nos passeios matinais.